18 de abr. de 2011

Sede

Eu não preciso disso.
Não é como respirar, andar, se alimentar, é algo importante até certo ponto. Mas não é essencial para minha existência.
Mas então porque há essa corrida desesperadora? Onde o vencedor ganha apenas um bom grado que te faz ter ilusões por certo tempo. Se tiver um vencedor
Nessa corrida onde os caminhos não são revelados, onde é uma prova de auto descobrimento e segundas intenções
Onde o corpo mole é uma realidade.
Quando a vontade existe mutualmente, é um prazer sem fim. Até tudo se desgastar
Mas estou desidratado.
E a água que tomei a última vez, parece que esgotou a fonte.
E às vezes, encontro uma gota semelhante.
Mas nunca é o bastante
E essa sede aumenta, aumenta e aumenta.
E minha vontade de me saciar, me deixa perdido, atrasado, desnorteado e machucado.
Enquanto eu vejo o desperdício alheio, penso se é carma.
Quando está no mais puro desespero, você começa a questionar até sua existência.
Se um caminho decide aparecer, pego o atalho e me perco.
E assim, a corrida acaba sem vencedor.
Só um desejo na linha de chegada.
Só uma vontade de matar a sede.
E continuo com esse insaciedade
Continuo com essa falsa esperança de que tudo é apenas um longo sonho.
Ou tempos secos...

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